Flor da pele

atenuar a vontade primitiva

lugar a uma outra metade

circunscrevendo dever. outra vez

 

transbordar a taça              agora

suavemente

destruir este universo       como dantes

até ao princípio. desta vez

 

fêmeas fêmeas exalando cheiros

centro húmido do ser

empurrando tudo para a frente

 

eixos de ondas a subir

claras devorando a casa

sentir a acreditá-lo livremente

em mim

 

absorvidos no segredo na dança

 

um ter nunca a sós

e um só ceder

 

Oficina de Poesia, nº3, junho 2004, Palimage Editores